Benefícios da água destilada
A destilação é o método mais moderno disponível no mundo, além de ser o adequado e indicado para o consumo de água, tendo em vista que é o único sistema de purificação de água que garante uma remoção de 99,9% de todos os tipos de contaminantes microbiológicos e físico-químicos (orgânicos, inorgânicos, biológicos e radioativos).
No final da destilação temos somente H2O e não uma mistura com outras substâncias e impurezas, tais como antibióticos, pesticidas, hormônios e componentes de plásticos. Possui zero de química, zero de microorganismos, ph acima de 7 e condutividade de 12 microSiemens (a ideal).

A água destilada "desincha" o corpo. Geralmente o inchaço ou edema é causado por baixa ingestão hídrica ou excesso de toxinas, que não podem ficar no sangue, e seguem para o espaço extravascular, onde por osmose a água é atraída, gerando o edema. Quando você bebe água, ela é atraída para o extravascular pela pressão osmótica, carrega as toxinas para o sangue, que são eliminadas pela urina. Com a diminuição de sais no extravascular, diminui também a pressão osmótica, e desincha. E a água destilada tem ainda maior poder de entrar neste espaço extravascular e promover a remoção de toxinas: ao mesmo tempo que hidrata, seca os edemas.
Algumas dúvidas e controversas reinam sobre a água destilada. Leia abaixo um artigo bem esclarecedor do Dr. Carlos Braghini Jr sobre a qualidade da água que bebemos, contrapondo sobre a qualidade da água destilada e da água alcalina. Boa leitura!
Água Destilada e Alcalina
Por Carlos Braghini Jr
Site: http://www.ecologiacelular.com.br/content/agua_destilada_agua_alcalina
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O processo de destilação concentra certas toxinas, de modo que no final a água resultante possuiria mais contaminantes perigosos por copo de água do que a água original. Nesta visão, os componentes voláteis, como trialometanos e compostos orgânicos seriam vaporizados e condensados de volta à água destilada. O mesmo ocorreria com o cloro, que se transformaria em clorofórmio durante o processo de destilação e ainda estaria presente na água destilada resultante.
Água destilada é um composto absorvente e em contato com o ar atmosférico absorveria o gás carbônico e se tornaria ácida (dióxido de carbono e água formam ácido carbônico), transformando-a numa bebida não saudável.
A água resultante seria ácida e desmineralizada, ou seja, morta.
Embora estas afirmações possam ser consideradas verdadeiras fora de contexto quem conhece o processo de destilação sabe que não estão corretas.
Toxinas concentradas
Concentrar componentes voláteis que seriam recolhidos de volta à água ao final do processo de destilação só é verdadeiro se estamos falando de aparelhos destiladores antigos. Hoje em dia, a maioria dos destiladores voltados para a purificação de água para consumo humano possui um sistema de ventilação que permite que os gases sejam eliminados antes de serem condensados na serpentina. Os aparelhos modernos também possuem um pequeno filtro de carvão que está lá para melhorar o gosto final, mas que também serve para eliminar eventuais composto voláteis que por ventura foram recapturados durante o processo. Dito isso, não tem sentido falar em concentração de toxinas voláteis.
Absorvente ativo
Por conta desta característica absorveria o gás carbônico do ar atmosférico tornando a água altamente ácida. Este é mais um argumento que não resiste aos testes mais rudimentares. Certamente, água destilada pura é tão absorvente que, assim como o álcool, é usada na manipulação de tinturas, pois extraem os princípios ativos da erva medicinal. Mas o mundo real é um pouco diferente do mundo teórico ou dos laboratórios. Ninguém compra um destilador para colocar sua água num recipiente amplo como uma travessa com uma ampla superfície de contato com o ar. A água destilada é colhida num recipiente de boca pequena e a maioria das pessoas simplesmente usa a tampa de rosca para vedar.
Água morta
Água morta é um termo pouco científico, mas eu entendo o que os críticos querem dizer. Água destilada contém apenas duas substâncias: duas moléculas de hidrogênio e uma molécula de oxigênio. E como não contém mais nenhum tipo de mineral é bioeletronicamente “morta”, isto é, não possui carga elétrica. Existem várias maneiras de se corrigir isso, se é que é necessário ser corrigido. A adição de sais minerais é uma delas. Eu prefiro simplesmente colocar a água destilada num filtro de barro cerâmico, que entrega alguns minerais, principalmente ânion (carga negativa) bicarbonato que aumenta o potencia zeta da água e a alcaliniza.
Acidez
Dizer que água destilada é ácida significa dizer que a pessoa nunca mediu o pH da água destilada. Água destilada pura é completamente neutra, com pH de 7.0. Entretanto, o processo de destilação domiciliar acaba produzindo uma água ligeiramente ácida. Atenção! Eu disse ligeiramente ácida. O máximo de acidez que pode chegar a água destilada em condições normais é por volta de 5,6 quando aerada ou estocada em grandes containers abertos. A água destilada preparada nos aparelhos recomendados é recolhida em seu recipiente próprio e mantida fechada. Do recipiente, normalmente vai para outra garrafa ou filtro onde é novamente fechada. Isso faz com que a água destilada de uso domiciliar tenha pH de cerca de 6,75.
Como você pode perceber as principais críticas recebidas pela água destilada não sobrevivem a uma pequena análise crítica. Entretanto, vamos ampliar esta discussão para entendermos melhor por que eu continuo recomendando água destilada para consumo em nossas residências.
Como a água é destilada?
O primeiro conceito que você deve entender é que destilador não é filtro. Filtro significa que a água passa e os resíduos sólidos ficam retidos num elemento filtrante. Na destilação o processo é o inverso: a água é retirada e colhida em outro recipiente, deixando para trás os resíduos sólidos.
O destilador é um aparelho que funciona por evaporação e condensação. O recipiente com água é aquecido ao ponto de fervura produzindo vapor. Este é conduzido a um sistema de refrigeração que o condensa novamente em água. Desta forma, os elementos sólidos, ficam no recipiente original e a água purificada recolhida por condensação goteja num outro recipiente.
Desta forma, o destilado remove a maioria dos minerais, metais, compostos químicos orgânicos e micro-organismos. Um destilador de qualidade consegue eliminar 95% dos minerais, incluindo sódio, sulfatos, nitratos e arsênico. Contaminantes como bactérias, vírus e cistos de parasitas são destruídos durante a destilação.
Aqui aparece a primeira vantagem do destilador em relação aos filtros comuns, incluindo os de osmose reversa, pois estes utilizam um elemento filtrante, um filtro que deve ser limpo e trocado regularmente. O destilador necessita apenas que o recipiente de metal seja limpo com água e sabão comuns. A outra: embora alguns experts digam que a destilação não remove o flúor da água, praticamente todo o flúor é removido pela destilação (ao contrário dos filtros). Vamos à química básica...
A primeira coisa que posso esclarecer é que nunca iremos encontrar o íon flúor puro na água. Os compostos mais usados no Brasil são o ácido fluorsilícico (H2SiF6) e flúorsilicato de sódio (Na2SiF6).O primeiro é um subproduto barato da fabricação de fertilizantes à base de fosfato. O segundo é utilizado somente em algumas cidades. Antigamente se usava o fluoreto de sódio (NaF), mas esta substância acabou ficando restrita ao uso em pastas de dente.
Indo direto ao pronto, todos são prontamente dissociados em íons de sódio e hexafluorsilicato, e destes em gás hidrogênio, sílica hidratada e íons fluoreto (principalmente fluoreto de hidrogênio – HF). No pH da água potável (6.5 – 8.5) e à concentração normalmente utilizada na fluoretação (0,7mg flúor/L) o grau de hidrólise é praticamente 100%. Esta é a chave para entender como os destiladores eliminam o flúor: o ponto de ebulição do fluoreto de hidrogênio (a principal forma de flúor remanescente da água) é 20 graus Celsius, muito abaixo dos 100 graus Celsius do ponto de ebulição da água. Assim, muito antes da água começar a ferver o HF se transforma em gás, sendo eliminado pela exaustão do aparelho muito antes de começar a ser coletado no reservatório. Assim, um bom destilador elimina praticamente todo o flúor da água, assim como o cloro. Veja um pouco mais sobre o poder da destilação na purificação da água neste link:http://www.ianrpubs.unl.edu/epublic/pages/publicationD.jsp?publicationId=316
Se você ainda está com dúvidas se é melhor filtrar ou destilar a água pense um pouco: os laboratórios e farmácias de manipulação usam água destilada ou filtrada por qualquer método para elaborar seus compostos? Pois é...
Um bom filtro
Agora você já sabe que um filtro não é a melhor opção para purificar a água, mas talvez você ainda não esteja totalmente convencido e ainda assim prefere ter um filtro em sua casa. Tudo bem, mas fique atento a algumas características importantes.
Se um destilador consegue eliminar o flúor e o cloro um filtro (não importa o sistema de filtração) terá muito mais trabalho em removê-lo. Um elemento filtrante só consegue isso se conter óxido de alumínio (ou alumina). Aliás, deve conter alumina ativada, que é produzida pela hidroxilação do hidróxido de alumínio e retira, além do flúor, arsênico, selênio orgânico, chumbo e outros metais pesados indesejados.
Não importa o tipo de filtro que você esteja pensando em comprar, mas eu recomendo que ele tenha algumas especificações técnicas.
Os filtros de osmose reversa são uma excelente opção, mas acabam desperdiçando uma grande quantidade de água, algo que não é politicamente correto em nossos tempos.
A maioria das pessoas acha que um bom filtro dá conta do recado, mas tenha em mente o que significa “bom”. Isso requer vários estágios e diferentes tipos de meios para remover os elementos químicos indesejados, como cloro, flúor, resíduos de medicamentos, metais pesados e micro-organismos patogênicos. Não dá para se enganar: um filtro simples não faz esse trabalho com perfeição. Podem melhorar o gosto da água, mas não protegem sua saúde.
O filtro ideal incluiria um sistema múltiplo de filtração, incluindo carvão ativado (para eliminar cloro e compostos orgânicos voláteis), alumina (para reduzir o flúor e outros metais pesados) e um filtro cerâmico com porosidade máxima de 0,2 mícron (para eliminar micro-organismos patógenos).
Ainda assim, o melhor dos mundos incluiria um filtro da entrada de água de sua residência, para remover todos os contaminantes (bactérias, metais pesados etc.) antes que chegam às torneiras. Durante um banho de 15 minutos, absorvemos mais cloro através da pele do que quando bebemos 8 copos da mesma água ao longo do dia. Certamente é uma opção que custa mais, mas pode ser um bom investimento na sua saúde.
Água alcalina
Talvez você ainda esteja resistente às minhas recomendações por acreditar que a água alcalina e ionizada é importante para sua saúde. A teoria por trás dessa crença está disseminada pela internet e muita gente boa acaba sendo abduzida por ela e volta à Terra disseminando seus conceitos equivocados. Para estes, a água alcalina e ionizada seria um poderoso antioxidante que entregaria elétrons que neutralizariam radicais livres que correm pelas suas veias. Seus defensores ainda dizem que a água alcalina corrigiria o excesso de acidez dos tecidos e preveniria uma serie de doenças e problemas de saúde.
Só pelo tom de minha frase você já descobriu que eu não sou um fã dessa teoria. É verdade. E para entender o porquê siga meu raciocínio.
Antes de tudo, a pergunta que faço a quem advoga os benefícios da água alcalina e: quão alcalina é a água de que estamos falando? Esse ponto é importante ser definido, pois uma certa alcalinidade nos faz bem, mas alcalinidade em excesso é tóxica. A segunda questão advinda desta questão é: por quanto tempo posso beber esta água?
Água alcalina é uma coisa boa? Pode ser, mas não é prudente ignorar alguns trabalhos que dizem o contrário:
1. Acid-base balance and hydration status following consumption of mineral-basedalkaline bottled water2. Enhanced induction of mitochondrial damage and apoptosis in human leukemia HL-60 cells due to electrolyzed-reduced water and glutathione3. Protective mechanism of reduced water against alloxan-induced pancreatic beta-cell damage: Scavenging effect against reactive oxygen species4. Inhibitory effect of electrolyzed reduced water on tumor angiogenesis5. Anti-diabetic effect of alkaline-reduced water on OLETF rats
Uma maneira de entendermos o conceito de acidez e alcalinidade é baseado na escala de pH, que é simplesmente a medida da concentração de íons hidrogênio... quanto mais baixo o pH, mais íons de hidrogênio livres, mais acidez. Este conceito não está errado, mas há uma outra maneira de avaliar esta questão. Hidrogênio se liga ao oxigênio, o que significa que quanto mais ácido um líquido, menos oxigênio está disponível nele.
Cada célula em nosso corpo requer oxigênio para se manter saudável. Quanto mais ácido o sangue ou o tecido, menos oxigênio estará disponível para ser usado pelas células. Isso já nos dá uma noção do quão importante é manter o suporte de oxigênio, isto é, manter o meio alcalino. Talvez seja por isso que nosso sangue possui um pH ao redor de 7.4, isto é, levemente alcalino.
Entretanto, a água alcalina não pode ser propagandeada como um remédio para todos os males. A chave está no equilíbrio. Em termos de saúde, extremos são ruins. Como disse Yogananda, "muito de uma coisa boa é ruim”.
Se minhas palavras não soam coerentes, que tal pensar nisso: que sentido faz beber uma água que não existe na natureza? Quer dizer, nosso corpo não foi desenhado para beber uma água cujo pH esteja acima de 8.0.
Deixe-me clarificar isso. O pH estomacal de repouso fica entre 4 e 5. Quando começamos a nos alimentar a produção de ácido clorídrico aumenta gradativamente até alcançar um máximo durante a digestão normal entre 0,8 e 1. Isso significa que QUALQUER água que venha a beber, não importando sua acidez, irá diluir os sucos gástricos e interferir na digestão. É por isso que a recomendação de não beber muito líquido às refeições é comum entre os médicos e terapeutas. O fato é que todas as vezes que você bebe água irá aumentar o pH estomacal e impactar a digestão. Caso a tomada seja nos intervalos da alimentação o problema é minimizado, pois a água passa pelo estômago e chega rapidamente ao intestino onde o pH é mais alcalino, principalmente por conta do pâncreas que secreta bicarbonato de sódio para dentro do duodeno. Aliás, todo o trato intestinal é levemente alcalino.
Alguns experts acham que uma água saudável deve ter pH entre 6 e 8. Esses números podem dar a falsa impressão de que estamos falando de valores muito próximos, mas devemos nos lembrar de que a escala de pH é logarítmica. Isso significa que cada mudança de 1 unidade representa mudança de 10 vezes a concentração de íon hidrogênio. Em outras palavras, uma água com pH de 6.0 possui 100 vezes mais ácida do que uma água com pH 8.0.
Baseado nesses dados acredito que uma água adequada para ser ingerido diariamente deve manter um pH levemente alcalino, ou seja, ter um pH entre 7.5 e 8. Em situações especiais podemos elevar o pH um pouco mais para aumentar a reserva alcalina, entretanto, nem sempre o elemento adicionado (alcalinizante) é saudável.
Mas esse é um assunto para um artigo futuro.
Conclusão
Espero que ao final deste artigo você tenha percebido que a água destilada está longe de ser maléfica e que sua maior vantagem reside em ser a maneira mais segura de purificar a água que ingerimos. E que alcalinizar a água pode não ser uma atitude saudável.